A direção da Associação dos Servidores do Hospital de Pronto-Socorro recebeu denúncia com provas e relatos de médico anestesista, que presta serviços ao HPS através de empresa terceirizada, encontrado sob efeito de medicamentos em seu último plantão, ocorrido no sábado (07). A situação é gravíssima, pois coloca a vida de pessoas em risco iminente de morte. Somado a isso, foi identificado que o médico não atua mais nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo devido a diversas situações como esta, ocorridas naqueles estados.
Considerando a procura por parte de colegas para denunciar a situação, decidimos oficiar a gestão à frente do Hospital de Pronto-Socorro cobrando explicações das medidas tomadas perante o ocorrido, bem como levar a público a situação. A denúncia que trazemos à tona, não busca expor o profissional dependente químico, mas cobrar uma posição da empresa terceirizada responsável pela contratação do anestesista, bem como da direção do HPS frente a situação de risco a que pacientes estão sendo colocados.
Onde está a empresa terceirizada que contrata um trabalhador que já foi proibido de exercer sua função em outro estado e, ainda, não o fiscaliza? Certamente este não foi o primeiro e nem será o último caso. Os relatos apontam recorrência da situação e casos em que cirurgias foram suspensas devido a falta de condições de anestesistas prestarem o atendimento devido.
Mais uma vez, infelizes acontecidos mostram na prática o quanto a terceirização não melhora o serviço público. Além de ser uma forma de trabalho precarizada e que prejudica o trabalhador, não há responsabilidade e interesse por parte da empresa em prover qualidade no trabalho entregue e nem mesmo o compromisso de fiscalizar os profissionais e o atendimento que oferece aos hospitais. A terceirização não é a solução para o serviço público.