Muitos hospitais e serviços de saúde foram seriamente atingidos durante o temporal da terça-feira (16), entre eles, HPS, HMIPV e PACS. Os estragos não foram somente nos locais geridos pelo poder municipal, hospitais do GHC e mesmo da rede privada, como o São Lucas, foram impactados. No entanto, esse fato não tira a responsabilidade da gestão Melo que, mais uma vez, não se preparou para lidar com as tragédias anunciadas.
Porto Alegre tem sido atingida por eventos climáticos com frequência no último período. A Defesa Civil e os meteorologistas têm emitido avisos cada vez com mais antecedência, mesmo assim nada é feito para prevenir ou reduzir os danos.
Há falta de vontade política para encarar esse desafio e como consequência toda a população paga por isso, inclusive as pessoas mais vulneráveis, internadas em leitos de hospitais. O lugar que deveria cuidar e protegê-las, as faz se sentirem inseguras por falta de energia elétrica, goteiras, água subindo pelos ralos, entre outros sérios problemas.
Servidoras e servidoras, trabalhadoras/es da saúde, se encontram em situação de risco e sem estrutura para realizar seu trabalho dignamente. E ainda assim fazem o melhor que podem para que todo esse caos atinja o mínimo possível os pacientes.
Até quando as tragédias seguirão acontecendo sem que um plano real de enfrentamento aos desafios climáticos seja realizado? Ao que parece, o mesmo tempo que aguardamos por melhorias nas estruturas do HPS e demais órgãos municipais. O mesmo tempo que aguardamos por condições dignas de trabalho. Ao que parece, não será Melo quem fará algo para mudar essa realidade que já deveria estar em processo de mudança.
Precisamos de governos que reestatizem a CEEE, a Corsan e invistam no DMAE. Que destinem recursos para reformas estruturais, valorizem os servidores e os serviços públicos e atuem por um SUS 100% público e de qualidade. Os desafios climáticos e ambientais precisam estar no centro das prioridades dos governos.