Foram paralisadas, na manhã desta segunda-feira (14/01), as atividades de higienização, nutrição e lavanderia do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS). A suspensão dos serviços acontece em decorrência do não pagamento dos salários aos trabalhadores que realizam estas funções.
A Associação dos Servidores do HPS (ASHPS) expressa sua solidariedade a estes servidores, constantemente desvalorizados pelo Poder Público. Os vencimentos dos mesmos deveriam ter sido quitados até o quinto dia útil do mês. Porém, desde a mudança da empresa terceirizada que presta estes serviços ao HPS, os funcionários não mais receberam os valores devidos.
A paralisação é motivo para grande preocupação, pois causa lixeiras lotadas, leitos inativados, sujeira em diversos locais do hospital e falta de itens básicos como, por exemplo, papel toalha. Esta última situação, inclusive, é um problema que se arrasta por bastante tempo no HPS.
A falta de higiene no ambiente hospitalar aumenta as infecções e até mesmo a saúde dos próprios servidores da instituição está em risco. A higienização é fundamental para o funcionamento do HPS. Sem ela, procedimentos e internações poderão ser suspensos, colocando a população em risco iminente de morte. A situação é de extrema gravidade.
A ASHPS cobra uma célere atitude da Prefeitura Municipal de Porto Alegre para o imediato restabelecimento dos serviços paralisados, bem como a quitação dos salários dos trabalhadores. Também deixamos nosso repúdio à terceirização de atividades do hospital. Essa medida, com frequência, causa problemas desta ordem, pois desvaloriza trabalhadores de setores como o de limpeza, fundamentais para a manutenção do atendimento de qualidade.
Terceirização não é a solução!