Há uma semana que o ar-condicionado do CME não funciona e as temperaturas estão mais altas do que o recomendado. A pedido de servidores/as, diretoras da Associação dos Servidores do Hospital de Pronto Socorro - ASHPS foram até o local verificar a situação.
A sala possui lavadoras, secadoras e autoclaves que chegam a passar de 120 graus celsius. No local há também um frigobar onde ficam as peles para realização de enxertos em pacientes queimados, que trabalha na capacidade limite (8 graus) devido ao ambiente estar muito quente. O ideal era trabalhar em temperaturas menores, já que possui capacidade de chegar até -2 graus. Além da temperatura alta, outro risco é a umidade do ar elevada, marcando na manhã desta sexta-feira (22/09) 67%, índice que coloca em risco de contaminação os materiais de um ambiente de esterilização.
A situação é preocupante, pois coloca em risco equipamentos e materiais, bem como afeta a qualidade do ambiente de trabalho para servidoras e servidores. A associação esteve em contato com o serviço de manutenção do hospital, realizado por empresa terceirizada, que informou não ter previsão de conserto do ar-condicionado.
Mais uma vez as consequências da precarização do HPS, por falta de investimento e prioridade da gestão Melo, está escancarada. Os problemas do hospital que é referência no atendimento de traumatologia e queimaduras é por escolha de gestão, não por falta de recursos. Melo escolhe terceirizar o serviço público e não prioriza o investimento em infraestrutura de saúde. É um absurdo e um descaso o que estão escolhendo fazer com o HPS, gerando graves consequências para a população de Porto Alegre e de outros locais do estado que são encaminhadas para tratamento.